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    em Sergipe Dois pacientes morreram com suspeita de contaminação por superbactéria no Huse


    Duas pessoas morreram por suspeita de estarem contaminados com bactéria resistente Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (bactéria KPC]) no Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE). A identificação dos pacientes ainda não foi divulgada pela assessoria de comunicação do hospital.


            No final da tarde desta terça-feira (9) a Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou o boletim técnico que informou que 13 pacientes estão com culturas positivas para a bactéria multirresistente Klebsiella-KPC. Destes, quatro foram diagnosticados com infecção ativa e nove com colonização (presença da bactéria mas sem infecção estabelecida).

    Dos quatro infectados, dois morreram da infecção (septicemia) e estavam com a KPC. Dos nove colonizados, dois morreram de causas outras (cardíacas e neurológicas).

    Boletim Técnico

    Ainda no boletim, a Chefe do Núcleo de Epidemiologia, Dra. Iza Maria Fraga Lobo, detalhou que
    as ações de prevenção e controle implementadas pelo Núcleo de Epidemiologia, Controle de Infecção e Segurança do Paciente, em conjunto com o Serviço de Infectologia e Unidade de Terapia Intensiva do HUSE  estão sendo efetivas para manter o controle da situação e prover segurança aos pacientes assistidos nas duas unidades intensivas.

    Todas as recomendações técnicas para o manejo da emergência de bactérias multirresistentes estão sendo implementadas pelo SCIH segundo o estabelecido pela ANVISA e regulamentos técnicos internacionais.

    Foram coletadas culturas de vigilância (swab peritoneal) para a busca da presença da Klebsiella-KPC em todos os 54 pacientes internados nas duas UTIs. O objetivo é identificar os portadores da bactéria que ainda não manifestaram a infecção, separando-os daqueles com cultura negativa e manejá-los de acordo no sentido da redução dos riscos de transmissão. Os resultados vêm sendo liberados pelo microbiologista Roberto Vivas diariamente para o SCIH para atualização dos dados e decisão dinâmica diária sobre  o manejo mais seguro e apropriado.

    É fundamental esclarecer que não há risco de infecção por esta bactéria multirresistente para os profissionais de saúde, acompanhantes e familiares. Nossos esforços são para proteger os pacientes internados nas UTIs, que são muito graves e com estado imunitário muito fragilizados, devido ao seu quadro clínico.

    Todos os pacientes nas duas unidades estão sob precauções de contato (uso de luvas e avental pelos profissionais e acompanhantes). A higiene das mãos pelos profissionais de saúde foi reforçada, bem como a limpeza e desinfecção do ambiente e materiais. As admissões e altas foram sustadas nas duas UTIs até que todos os resultados de culturas estejam finalizados. O tratamento com os antibióticos apropriados foi estabelecido pelo SCIH e Infectologia para todos os casos de pacientes infectados; os colonizados estão sendo monitorados, caso haja necessidade, o tratamento será imediato, caso manifestem sinais de infecção, conforme preconizado pelo procedimento padrão. Todos os antibióticos necessários para o tratamento estão disponíveis e garantidos, assim como os materiais e insumos.


    Bactéria resistente

    A bactéria chamada Klebsiella é persistente a muitos antibióticos, mas sensível ao tratamento realizado com Micassina. De acordo com o coordenador de UTI´s do Huse, Flávio Prado, a bactéria é contagiosa apenas em pessoas que passam por tratamento de antibiótica. “Pessoas saudáveis não correm o risco de infecção. Apenas os enfermos podem ser contagiados pelo toque”, diz.

    A estimativa é que a situação se normalize no período de 30 a 60 dias.
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