A Senhora Doralice da Silva Oliveira de 61 anos. foi estuprada e massacrada pelo próprio filho, o "Mostro" Roberto da Silva Oliveira de 29anos e por mais outras quatro pessoas, na madrugada do domingo passado, no Parque São Cristóvão. dona Doralice descobriu uma pasta com varios documentos em casa que comprometeria o filho e o restante da quadrilha . Este seria a real motivação do ato, segundo a polícia.
O restante do bando é formado por Jorge, Tiago, Dayse e Silvana. Jorge é vizinho e dono da casa alugada por Doralice. Tiago é o filho dele e Dayse a mulher. Silvana é cunhada de Jorge. Segundo a vítima, ela foi violentada primeiro pelo filho, em seguida por Tiago e Jorge. As mulheres a agrediam com socos e a queimavam com um isqueiro.
“Jorge perguntava pelos documentos e dizia que ia me matar se eu não entregasse”, conta Doralice. Ela disse que queimou os documentos porque o filho não quis dizer o que significava aquilo. Antes de destruir os papéis, Doralice pediu para um amiga guardar a pasta e entregar à polícia caso acontecesse alguma coisa com ela. No entanto, ela pegou a pasta de volta e destruiu.
Havia uma lista com nomes de pessoas e extratos bancários com depósitos em valores que superavam R$ 30 mil. Carteiras de identidade e CPF de terceiros também estavam na pasta.
a Tortura chocou até o perito do IML
Doralice desmaiou durante o estupro coletivo e a tortura. “Acordei e encontrei a casa toda melada de sangue”, relata. Ao acordar, a diarista procurou uma amiga e denunciou o caso na Deam de Brotas.
Ela foi encaminhada ao Instituto Médico-Legal (IML), onde os exames comprovaram que houve o estupro. “O perito do IML ficou apavorado com o quadro de Doralice”, conta Silvana Neves.
A vítima saiu da casa onde morava com o filho e vai se mudar de Salvador. Doralice lembra que o ataque ocorreu depois que ela ameaçou entregar o filho à polícia por conta dos papéis. “Quinta-feira passada disse a Roberto que ia entregar ele à polícia se ele não me falasse o que eram aqueles documentos. Ele sumiu de casa. Só apareceu no dia que me atacou”, recorda-se.
A vice-presidente da liga das mulheres de Salvador, Silvana Neves, acompanha Doralice desde domingo. Ela lamenta o fato de a polícia não ter feito uma diligência no mesmo dia do crime para prender os suspeitos.
A ocorrência foi registrada às 13h24 de domingo na Delegacia Especializada de Antendimento à Mulher (Deam) de Brotas. “O delegado Clovis da Silva Lima disse que não poderia pedir a prisão, porque ele era do plantão metropolitano. Disse que só a delegada titular da Deam poderia fazer isso”, relata.
A titular da Deam, Ana Virgínia Paim, disse que não pode fazer um juízo de valor para dizer se o delegado agiu certo ou errado. “O delegado interpretou naquele momento que não cabia fazer as diligências. A lei fala que o flagrante é logo após o crime”, afirma a delegada, que diz estar tomando todas as providências para solucionar a agressão.
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