A Coreia do Norte voltou a ameaçar os Estados Unidos na noite desta quarta-feira dizendo ter aprovado um projeto de operações militares contra Washington, incluindo um eventual ataque nuclear. Em um comunicado divulgado pela KCNA, a agência de informação do regime de Kim Jong-Un, a guerra contra os americanos pode começar “hoje ou amanhã”.
De acordo com o exército norte-coreano, a “operação implacável” do país foi “definitivamente examinada e ratificada”. A Coreia do Norte também avisou a Casa Branca que os americanos serão “esmagados” através de “meios nucleares modernos, leves e diversificados”.
“Os Estados Unidos deveriam pensar melhor sobre a grave situação atual”, completa o documento da KCNA.
A tensão entre os dois países começou a se agravar em dezembro de 2012 com o lançamento de um foguete norte-coreano que foi considerado por Washington como um teste de míssil de longo alcance. No entanto, a Casa Branca considerou que Pyongyang não teria condições de atacar diretamente o território americano.
Em fevereiro, a Coreia do Norte fez seu terceiro teste nuclear, e recebeu novas sanções do Conselho de Segurança da ONU. Paralelamente, os Estados Unidos e Coreia do Sul desenvolviam juntos manobras militares, como os vôos dos aviões B-52 e B-2, acima do território da Coreia do Sul – o que piorou a crise com o vizinho do Norte.
Durante a semana passada, Pyongyang declarou estar pronto para atacar os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão, onde se encontram, respectivamente, 28 mil e 50 mil militares americanos.
Defesa antimíssieis
O Pentágono informou nesta quarta-feira à noite que vai enviar nas próximas semanas um sistema avançado de defesa antimísseis para a sua base na ilha de Guam, no oceano Pacífico. Washington diz que a decisão é uma medida de precaução contra as provocações norte-coreanas.
O secretário americano de Defesa Chuck Hagel afirmou que as ameaças nucleares de Pyongyang são um perigo "grave e real" para os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão.
Mais cedo, Hagel se reuniu com o ministro sul-coreano das Relações Exteriores, Yun Byung-Se, com quem ratificou a parceria para a defesa, em caso de uma ofensiva da Coreia do Norte.
0 comentários:
Postar um comentário
Comentem Galera!